O Secretário Nacional de Cultura, Roberto Alvim, é demitido após fazer um discurso semelhante ao de ministro de Adolf Hitler (nazista), Joseph Goebbels.
A passagem de Alvim pela secretaria de cultura foi marcada por polêmicas. Uma de suas primeiras ações foi a nomeação de Sérgio Camargo para o comando da Fundação Palmares. Sérgio colocou que a escravidão foi benéfica para os negros. Houve críticas e protestos. Depois de uma decisão judicial, Sérgio foi retirado do cargo.
No dia 16 de janeiro de 2020 foi divulgado um vídeo falando sobre a criação de um prêmio para cultura. Uma hora depois desse vídeo, foi feito um outro vídeo, na qual Alvim falava mais sobre esse prêmio criado. Só que esse vídeo deu o que falar, gerando repercussão internacional. O cenário para a gravação do vídeo foi semelhante as do nazismo: imagem do presidente acima, bandeira no lado direito dele (lado esquerdo de quem assisti) e o crucifixo no lado esquerdo dele (lado direito para quem assisti). Além disso, falou o seguinte texto:
“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada”.
Semelhante a frase do ministro de Hitler:
“A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”
E mais... A música de fundo foi uma ópera de "Lohengrin" que retrata a disputa entre cristãos e pagãos. O compositor dessa ópera Richard Wagner era o favorito de Hitler.
Alvin disse em uma entrevista que a frase era uma coincidência retórica.
A partir de tudo isso, Alvin foi demitido.
Bolsonaro convidou a atriz Regina Duarte para ficar em seu lugar. Regina Duarte, no Rio de Janeiro, depois de um encontro com o presidente da República, ontem, disse que estava noivando com o governo e vai para Brasília amanhã para averiguar a estrutura da secretaria.
Regina Duarte apoiou Bolsonaro durante a campanha eleitoral e a Rede Globo informou em nota na TV que se Regina aceitar o cargo terá que se desligar da emissora. Leia a nota:
"A atriz Regina Duarte tem contrato vigente com a Globo e sabe que, se optar por assumir cargo público, deve pedir a suspensão de seu vínculo com a emissora, como impõe a nossa política interna, de conhecimento de todos os seus colaboradores."
Nenhum comentário:
Postar um comentário