RESUMO DA GUERRA NO RIO DE JANEIRO
Várias emissoras de TV exibiram ao vivo os acontecimentos da guerra ocorrida na capital carioca e também na região metropolitana do Rio.
A onda de ataques começaram no sábado, dia 20 de novembro de 2010 com uma tentativa de arrastão. Daí em diante, as ondas foram constantes: cabines policiais foram baleadas, dezenas de veículos incendiados.
Essas ondas de ataque são reações dos bandidos devido a instalações das UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) que vem eliminando os criminosos dos morros e favelas. Podem ter ocorrido por suposto pacto entre duas facções criminosas do Rio de Janeiro: o CV (Comando Vermelho) e a ADA (Amigos dos Amigos).
Diante desses ataques, atiradores de elite, policiais civis e militares, o BOPE (Batalhão de Operações Especiais) invadiram a Vila Cruzeiro (uma favela da Penha), com cerca de 21 mil policiais. A favela tinha aproximadamente 600 criminosos. A invasão a Vila Cruzeiro foi no dia 23 de novembro de 2010.
Com a chegada dos policiais, cerca de 200 criminosos fugiram para a favela vizinha, o Complexo do Alemão, mas cerca de 40 criminosos haviam sido mortos e aproximadamente 70 suspeitos foram presos. As imagens da fuga desses criminosos foram mostradas por algumas emissoras de TV.
Durante a operação na Vila Cruzeiro, 159 escolas municipais e 21 escolas estaduais não funcionaram e empresas de ônibus pararam de funcionar.
LOCAIS ATINGIDOS PELOS ATAQUES: Via Dutra, São João de Meriti, Nova Iguaçú, Penha, Costa Barros, Cavalcanti, Vicente Carvalho, Madureira, Del Castilho, Santa Cruz, Cabo Frio, Recreio, Barra da Tijuca, Belford Roxo, Linha Vermelha, Jardim América, Irajá, Jacaré, Manguinhos, Laranjeiras, Duque de Caxias, São Gonçalo, Niterói, Fonte da Saudade, Copacabana, Botafogo, Rocha Miranda, Cachambi, Cordovil, Benfica, Lins, Macaé, Centro, São Cristóvão.
O Hospital Getúlio Vargas perto da Avenida Brás de Pina, na Vila Cruzeiro serviu de hospital de guerra. As emergências que não eram em relação a guerra eram dirigidos a outros hospitais da região.
COMO FOI A ENTRADA DA POLÍCIA NA VILA CRUZEIRO?
A polícia estava equipada com armamentos pesados e blindados da Marinha. Eles entraram pela Avenida Nossa Senhora da Penha. Barricadas e bloqueios foram colocados pelos traficantes para impedirem o avanço da polícia, mas os blindados passaram facilmente. Houve trocas de tiros.
A população ajudou bastante a polícia através do Disque Denúncia (21) 2253-1177 que bateu recordes de ligações.
Com a fuga dos criminosos para o Complexo do Alemão, a polícia decidiu invadir essa favela, que ocorreu as 07h59min do dia 29 de novembro de 2010.
Mas antes da invasão a polícia deu chance aos traficantes para que eles se entregassem. Poucos traficantes aproveitaram a oportunidade. Alguns pais entregaram seus filhos à polícia. Nesse dia, o traficante Zeu, um dos assassinos do jornalista Tim Lopes, se entregou a polícia. Também se entregou Mister M, um dos principais bandidos do Alemão.
MULHER DE POLEGAR NA CADEIA
Viviane Sampaio, mulher de Alexandre Mendes da Silva (o Polegar) acusado de chefiar o Morro da Mangueira, na zona morte do Rio, foi presa num apartamento de luxo na Barra da Tijuca. Foram presos também o pai, o irmão e a tia de Viviane.
No dia 29 de novembro, somente em uma hora e meia, o Morro do Alemão já estava tomada pela polícia. Quando chegou no alto do morro, os policiais da CORE colocaram as bandeiras do Brasil e do Estado do Rio no teleférico do morro que está em construção. Diante disso, os moradores tiveram esperança de dias melhores na comunidade.
O governador do RJ, Sérgio Cabral, diz que a UPP vai chegar ao Alemão até junho de 2011.
PRESOS:
Zeu (Alemão);
Lambari (Jacarezinho);
Sandra Helena Ferreira Gabriel, a Sandra Sapatão (Jacarezinho);
Emerson Ventapane da Silva, o Mão (Jacarezinho);
Emerson Siqueira Rosa, o Neguinho;
Anderson Sidano;
Flávio de Almeida, o Vassoura – braço direito de Pezão;
Leandro Cypriano Galdino – gerente do Morro do Adeus;
Jessé da Silva Ferreira;
Vítor Roberto da Silva, o Vitinho – gerente do Morro do Jorge Turco;
Carlos Augusto Trindade, o Pingo;
Luiz Carlos Nésse José, o Dividro, um dos traficantes mais perigosos do Rio, do Complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias.
PARA DENUNCIAR:
SE VOCÊ SOUBER DE ALGUMA INFORMAÇÃO QUE LEVE A PRISÃO DE OUTROS TRAFICANTES NEM TODO O ESTADO DO RIO DE JANEIRO, DENUNCIE.
NA CAPITAL:
Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil): (21) 2272-2043
Comissão de Direitos Humanos da ALERJ: (21) 2588-1555
Núcleo de Direitos Humanos – Defensoria Pública (21) 2332-6344 ou (21) 2332-6345
Ouvidoria do Ministério Público Estadual: 127
Corregedoria da Polícia Militar: (21) 2333-2665 ou 2333-2666
Corregedoria da Polícia Civil: (21) 2334-6011
Disque Denúncia (21) 2253-1177
EM VOLTA REDONDA / RJ:
0800 020 667
SUL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO:
190
CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA NO RIO NO SUL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Com a fuga dos bandidos do Complexo do Alemão, que segundo informações do Disque Denúncia fugiram pela rede de esgoto local, eles vieram para o interior do Estado do Rio de Janeiro. Em Volta Redonda e em Angra dos Reis, dois traficantes foram presos em cada um desses municípios. Em Angra foram presos no bairro Bracuí.
DROGAS:
Muita droga foram apreendida nas favelas da Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão. Cerca de 33 toneladas de maconha, crack e lança perfume foram queimadas na CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), em Volta Redonda, no sul do Estado do Rio. Foram apreendidas também uma bazuca, armas pesadas, entre outras apreensões.
Desde os ataques no Rio, o policiamento foi reforçado em todo o Estado do Rio de Janeiro. Em Angra dos Reis, operações foram realizadas na Japuíba, no Belém, na Sapinhatuba e no Promorar do Campo Belo. Também houve patrulhamento nas divisas do Estado e nas rodovias federais que cortam o Estado do RJ.
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