Não é de hoje que o presidente da república vem atacando a imprensa e alguns políticos.
Na noite de terça-feira, dia 24 de março de 2020, em um pronunciamento, criticou as ações contra o coronavírus que alguns governadores vem fazendo e atacou mais uma vez a imprensa.
Criticando a imprensa, ele disse:
"Grande parte dos meios de comunicação foram na contramão. Espalharam exatamente a sensação de pavor, tendo como carro-chefe o anúncio do grande número de vítimas na Itália. Um país com grande número de idosos e com clima totalmente diferente do nosso. O cenário perfeito, potencializado pela mídia, para que uma verdadeira histeria se espalhasse pelo nosso país."
Em relação as ações dos governadores em combate ao coronavírus, disse:
"Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa. O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos. Então, por que fechar escolas?"
O presidente minimizou o surto do coronavírus dizendo que o que está acontecendo no Brasil é uma histeria e que enfraquece a economia. Ontem, os casos do coronavírus no Brasil estava em 2201 casos confirmados e 46 mortes. O que dá a entender que o governo federal está mais preocupado com a economia do que com vidas humanas. Já que essas atitudes de fechar escolas, lojas, etc é para evitar aglomerações que é o principal meio de contaminação desse vírus e que é orientação do Ministério da Saúde junto com a Organização Mundial da Saúde.
Logo após o pronunciamento, que aconteceu na tv e nas rádios, houve panelaço contra om governo.
Ontem, profissionais da saúde, governadores, outros políticos se posicionaram contra a fala de Jair Bolsonaro. E o tema foi abordado numa reunião que houve com os governadores. João Dória, governador de São Paulo, também se manifestou contra e Bolsonaro fez acusações ao governador. Wilson Witzel, governador do Estado do Rio de Janeiro disse que o que Bolsonaro diz não é lei nem decreto. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia disse "O pronunciamento do presidente foi equivocado ao atacar a imprensa, os governadores e especialistas em saúde pública. Cabe os brasileiros seguirem as normas determinadas pela OMS e pelo Ministério da Saúde em respeito aos idosos e a todos que estão em grupo de risco."
Também teve repercussão internacional. Jornais europeus colocaram que seu pronunciamento vai contra as recomendações do Ministério da Saúde do Brasil.
Teve também os que o apoiaram, utilizando nas redes sociais as hastags: #Bolsonarotemrazão , #OBrasilnãopodeparar .
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