Nesta segunda e última parte da pesquisa postarei para vocês como o Funk chegou no Brasil, principalmente no Estado do Rio de Janeiro, o denominado Funk Carioca.
Esse contexto cultural surgiu no final da década de 1970 e início dos anos 1980 no Estado do Rio de Janeiro (Brasil). É diferente do funk originário dos Estados Unidos. Isso ocorreu pois na década de 1970 eram realizados bailes black, soul, funk (neste caso o funk norte-americano), com o tempo, os DJs foram buscando novos ritmos de música negra, mas o nome original permaneceu. O funk carioca tem uma influência direta do Miami Bass (porque eram músicas mais erotizadas e batidas mais rápidas) e do Freestyle.
As primeiras gravações de funk carioca eram versões. Dentre os raps que marcaram o período mais politizado do funk está o "Feira de Acari" que abordava o tema da famosa Robauto, feira de peças de carro roubadas pela cidade. Nessa época os bailes que eram feitos em clubes dos bairros do subúrbio do Rio passaram a ser feitos nas ruas, onde várias equipes disputavam para quem tem a aparelhagem mais potente (daó surge o DJ Marlboro).
Com o tempo, o funk ganhou apelação entre moradores de comunidades carentes. As músicas tratavam dos frequentadores: abordavam a violência e a pobreza das favelas.
Na década de 1990, o funk carioca começa a formar sua identidade própria. As letras refletem o dia-a-dia das comunidades. Muitos dos raps surgiram através de concursos que faziam nessas comunidades, por isso, se tronavam cada vez mais popular. Ao mesmo tempo o funk foi (e ainda é) alvo de ataques e preconceitos porque surgiram em comunidades carentes e também porque vários desses bailes eram chamados bailes de corredor, onde as galeras se dividiam em dois grupos e com alguma frequência terminavam em brigas repercutindo negativamente para o movimento funk. Com isso havia ameaças de proibição dos bailes, o que acabou por causar uma conscientização maior, através de raps (foi daí que surgiu a música "Som de preto"). Em meio a isso, surge o FUNK MELODY (músicas melódicas e românticas), destacando assim os cantores Latino, MC Marcinho, entre outros.
Em 1995, os raps desceram os morros chegando as áreas mais ricas. O programa da FURACÃO 2000 fazia sucesso (e faz até hoje com 35 anos de muito funk), deixando de ser exibido apenas no Rio de Janeiro, ganhando uma edição nacional. Nessa época Claudinho e Buchecha se tornaram referência.
Gritos de guerra também surgitam como: " Uh, tererê", "Ah, eu tô maluco".
Paralelo a isso, surgiram o funk proibidão. São usadas nesse tipo de funk, letras relacionadas ao tráfico, a sexo, a exaltações a grupos criminosos locais e provocações a grupos rivais (os alemães).
Já nos anos 2000 o funk ganhou outros nomes como tamborzão, batidão, pancadão, contribuindo quer outras pessoas se tornassem adeptas dessa música. Outros gêneros musicais como pagode, forró, axé copiaram letras eróticas e de duplo sentido do funk. Um dos destaques dessa fase é a Tati Quebra Barraco que se trornou uma figura das mulheres que demonstram resistência à dominação masculina em suas letras.
O funk passou a ter repercussão internacional. Na Angola, em 2007, surge o primeiro grupo de funk "Os Besta-Fera".
EM SETEMBRO DE 2009, A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RIO DE JANEIRO APROVOU PROJETO DEFININDO O FUNK COMO MOVIMENTO CULTURAL E MUSICAL DE CARÁTER POPULAR.
CRÍTICAS:
- O funk é alvo de muitas críticas, entre elas, por ser pobre me criatividade, por muitas das vezes, apresentar letras obscenas e vulgar com apologia a drogas, tráfico, crimes, etc.
- Alguns bailes funk são feitos por traficantes para atrair usuários de drogas.
- Quase sempre os bailes funk não respeitam os limites de decibéis após as 22 horas, o que configura outra transgressão á lei.
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Bem, estou terminando por aqui o relato da minha pesquisa. Espero que vocês tenham gostado e que lendo estas informações acabem com o preconceito. Maiores informações podem consultar outras fontes em livros, revistas ou na própria internet.
A fonte desta pesquisa foi feita no site da Wikipédia, a enciclopédia livre.
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